Cheguei há exactamente um mês. Estou a adorar Oxford! Academicamente, dá-se um salto de gigante, mesmo em tão pouco tempo!
Mas, ao fim de um mês, já há coisas de que se sente falta (vou só falar de "coisas", e não de pessoas, para não melindrar ninguém - amanhã, teria metade da família e amigos zangados, simplesmente porque me havia esquecido de os referir...).
Sinto falta de peixe fresco e grelhado e sinto falta de bacalhau (e, não, bacalhau não é um "peixe", repito). E de azeite a temperar.
Sinto falta de dar dois beijinhos quando cumprimento alguém. Aqui, no máximo, dá-se um aperto de mão. Só dou dois beijinhos ao Orlando, colega portuga, com quem me encontro mais ou menos uma vez por semana. Em 5 semanas, dá um total de 10 beijinhos, portanto...
Sinto falta de uma refeição que dure mais de 10 minutos, à hora de almoço, e mais de meia-hora, ao jantar. Ganha-se em eficiência, é certo, mas ficam as saudades das horas passadas à mesa.
Sinto falta de uma esplanada (em que não chova e/ou gele). Maio já pede esplanada.
Sinto falta de dizer mal do país (aqui tenho que o elogiar, para não pensarem que somos totalmente Marrocos...). Do país, em geral, e dos políticos, em particular. Dizer mal do Sócrates, do Passos Coelho, do Portas e do Cavaco!
Mas do que sinto mais falta é de ver o mar. Nunca, em quase 29 anos, tinha passado um mês sem ver o mar. Mesmo quando viajei por bastante tempo, nunca estive exactamente um mês fora de Portugal. E mesmo nesses casos, acabei sempre por ver o mar algures. Aqui não... Um mês sem mar é muito, muito estranho...
No fundo, tenho saudades daquilo que em Portugal damos por garantido. E é de facto garantido. Mas aí :) Aqui, há outras coisas para serem valorizadas. Quanto a estas, ficam as saudades por mais um mês e pouco. E até poderia ser por um pouco mais :)
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